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Com patrocínios e sem mangas: o futuro das camisas na NBA

Na Vitrine

27/01/2017 06h00

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O visual da NBA (liga profissional de basquete dos Estados Unidos) vai mudar na próxima temporada. Parceira da competição desde 2012, a Adidas decidiu não renovar contrato de fornecimento de material esportivo e será substituída pela Nike, com quem os responsáveis pelo torneio assinaram contrato de oito anos. A mudança já tem uma consequência direta: segundo o "Wall Street Journal", será o fim das camisetas de jogo com manga.

Lançadas pela Adidas em 2013, as camisas com manga foram uma solução encontrada pela empresa para tentar alavancar as vendas de uniformes – a ideia era criar peças que se aproximassem mais do que as pessoas usam nas ruas. Desde então, os modelos receberam duras críticas de torcedores mais tradicionalistas e de alguns jogadores – o astro LeBron James é o principal opositor da proposta.

Em 2015, depois de um desempenho ruim nos arremessos em jogo contra o New York Knicks, James rasgou as mangas da própria camisa. Questionado sobre o que motivou o ato, o jogador do Cleveland Cavaliers respondeu apenas que "não é um fã do modelo".

Adam Silver, comissário responsável pela NBA, disse em entrevista ao "Bleacher Report" que a ideia era partir para outra: "Se os jogadores não gostam, o jeito é seguir. Não me arrependo de ter feito isso, mas queremos que as coisas sejam divertidas para atletas e fãs".

A questão é que as camisas com manga não foram a solução que a Adidas imaginava. A proposta da empresa pode ter sido aproximar o visual das quadras da moda urbana, mas o resultado foi um decréscimo nas vendas.

E os patrocínios? Franquias podem lucrar até R$ 63,6 mi por ano

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O fim das mangas, contudo, não é a única mudança visual em progresso na NBA. A liga também aprovou a adição de patrocínios nos uniformes das franquias, e três delas já fecharam acordos que envolvem suas camisas.

Até aqui, o Philadelphia 76ers assinou com a StabHub (ingressos online) por US$ 5 milhões (R$ 15,9 milhões) anuais, o Sacramento Kings fechou com a Blue Almonds (alimentos) pelo mesmo valor e o Boston Celtics receberá até US$ 15 milhões (R$ 47,71 milhões) por temporada em que a General Electric aparecer em sua camisa.

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O espaço liberado pela NBA para exposição de patrocinadores é o lado esquerdo do peito, acima do nome das franquias. Alguns dos times de mais sucesso, como Cleveland Cavaliers e Golden State Warriors, falam em até US$ 20 milhões (R$ 63,6 milhões) anuais como meta para comercialização do espaço.

Curry é o campeão de venda de camisas da NBA

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Por falar em camisas da NBA, a liga publicou um consolidado sobre as vendas entre outubro (início da atual temporada) e dezembro de 2016. Os números consideraram apenas os produtos comercializados na loja oficial da competição, e o líder de popularidade foi o armador Stephen Curry, do Golden State Warriors, eleito duas vezes MVP (jogador mais valioso) do torneio.

A segunda posição no ranking foi ocupada por LeBron James (Cleveland Cavaliers), seguido por Kevin Durant (Golden State Warriors), Kyrie Irving (Cleveland Cavaliers), Russell Westbrook (Oklahoma City Thunder), Dwyane Wade (Chicago Bulls), Kristaps Porzingis (New York Knicks), Kawhi Leonard (San Antonio Spurs), Jimmy Butler (Chicago Bulls) e Derrick Rose (New York Knicks).

Entre os times, os que mais venderam camisas na atual temporada foram Golden State Warriors, Cleveland Cavaliers, Los Angeles Lakers, Chicago Bulls, New York Knicks, San Antonio Spurs, Oklahoma City Thunder, Boston Celtics, Philadelphia 76ers e Toronto Raptors.

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