Camisa emprestada: até Copa do Mundo já teve casos como o da Libertadores
Na noite de terça-feira (7), o clube argentino Atlético Tucumán conseguiu a classificação para a próxima fase da Copa Libertadores de forma heroica. O voo que levaria os jogadores para Quito atrasou, a partida começou 1h30min depois do programado e, mesmo assim, o Tucuman venceu o El Nacional por 1 a 0 no Equador.
Também chamou atenção a camisa com que a vitória foi conquistada: da seleção da Argentina. Com o atraso de três horas do voo, o fardamento oficial do clube não foi despachado. A solução foi emprestar a camisa celeste da seleção sub-20, que está no Equador disputando o Sul-Americano da categoria.
Improvisos até em Copa do Mundo
Não foi um caso único. Até na Copa do Mundo já aconteceram casos assim. Em 1950, por exemplo, na partida em que a Suíça venceu o México por 2 a 1, o juiz achou que o contraste dos uniformes das equipes era insuficiente: vermelho da Suíça e verde do México. Os mexicanos, então, vestiram o azul e branco do Cruzeiro de Porto Alegre (esquerda) e o confronto se transformou em um clássico regional: Inter x Cruzeiro.
A própria Argentina já teve de fazer algo parecido. Em 1958, o time entrou em campo com a camisa listrada branca e azul para o jogo contra a Alemanha, de branco. O árbitro da partida considerou os uniformes parecidos demais, mas os argentinos estavam sem uniforme reserva. O impasse só foi resolvido quando o roupeiro do IFK Malmö emprestou as camisas do time (dono do estádio da partida) para o time sul-americano – até hoje os argentinos lembram daquele jogo como o dia em que a Argentina se vestiu de Brasil, já que a camisa dos suecos era amarela. Não deu sorte e a Alemanha venceu por 3 a 1.
O caso mais recente aconteceu em 1978, na Copa da Argentina. França e Hungria entraram em campo com camisas brancas e esqueceram o uniforme reserva. Os franceses perderam na sorte e tiveram de jogar com camisas listradas de verde e branco (ao lado), emprestadas do Kimberley, um time amador de Mar del Plata. Venceram por 3 a 1.
Além disso, a Trivela lembra de três episódios: primeiro, a seleção brasileira já jogou de Independiente e Boca Juniors, durante a Copa América de 1937. E, na quarta edição da Libertadores, em 1963, o Boca Juniors pegou camisas do Milan para encarar a Universidad de Chile – os chilenos não levaram uniforme reserva para a partida e os argentinos usaram um jogo de camisas que o Milan tinha dado de presente na venda do peruano Benítez para os italianos.
Clubes já vestiram seleção brasileira
Até o Brasil já teve times jogando com camisas da seleção brasileira, mas em casos um pouco diferentes: como conta o Terceiro Tempo, Atlético-MG, Corinthians e Palmeiras já entraram em campo de azul e amarelo, mas não por um erro de logística, mas para representar, de fato, a equipe nacional.
Em 7 de setembro de 1965, o Palmeiras venceu o Uruguai por 3 a 0 (na foto acima) na primeira vez que algo assim aconteceu por aqui – o jogo marcou a inauguração do Mineirão. Aquela partida, aliás, marcou a única vez em que a seleção brasileira foi comandada por um estrangeiro: o técnico do Palmeiras na época era o argentino Filpo Nuñez.
Dois meses depois, foi a vez do Corinthians: como Brasil, o alvinegro (de azul acima) perdeu por 2 a 0 para o Arsenal, em Wembley. Rivellino participou daquele jogo. O terceiro foi o Atlético-MG, que em 1968 venceu a Iugoslávia, no Mineirão, por 3 a 2 (abaixo). O Terceiro Tempo também lista o Internacional, que teve 11 jogadores convocados para a Olimpíada de 1984.
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