Queniano corre maratona mais rápida da história. Mas fica 24s acima da meta
A maratona mais rápida da história foi corrida na madrugada deste sábado, no autódromo de Monza, na Itália: 2h00min24s. O autor do feito é o queniano Eliud Kipchoge, atual campeão olímpico, que correu com um grupo de 30 "coelhos" e um carro marcando o passo.
O objetivo era ver a primeira maratona abaixo das 2 horas da história, no projeto da Nike chamado Breaking2. Como o tempo de Kipchoge mostra, faltaram 24 segundos. Mesmo que a marca fosse batida, porém, o recorde mundial oficial da distância (2h02min57s de Dennis Kimetto) não seria batido.
O Breaking2 foi feito pela Nike para que todas as condições pensadas para a primeira maratona sub-2h fosse possível estivessem à disposição dos atletas. Por causa disso, a marca norte-americana ignorou as regras que a Iaaf (Federação Internacional de Atletismo) exige para que um tempo fosse homologado. Para começar, o evento era fechado: apenas três atletas poderiam correr a distância total (Kipchoege, Lelisa Desisa e Zersenay Tadese).
Além disso, foi disputada em um circuito fechado, com os corredores dando voltas e voltas no circuito usado, normalmente, pelos carros. Mais impressionante, porém, foram os atletas que marcaram o ritmo: 30 atletas se revezaram correndo à frente de Kipchoge, com mudanças a cada 4km – um deles era Bernard Lagat, cinco vezes campeão mundial em provas de fundo e meio-fundo na pista. Um carro (elétrico, para não atrapalhar com fumaça) também estava sempre à frente do grupo de corredores, mostrando o tempo.
Outra atração era o tênis usado: o o Zoom Vapor Elite. Ele foi feito sob medida para os três maratonista e conta com uma polêmica placa de fibra de carbono na entressola. O The New York Times, por exemplo, ouviu especialistas sobre o assunto e comparou o modelo às lâminas usadas por atletas paraolímpicos. Segundo eles, as placas agiriam como as lâminas e daria um impulso maior durante a corrida.
Quem acompanhou a tentativa (transmitida ao vivo pelo Facebook e pelo Twitter) conseguiu se empolgar com o ritmo do queniano. Durante 30km, Kipchoge correu abaixo do necessário para a quebra das 2 horas. Apenas nos últimos 12,195 km a distância o venceu. Na última volta, os coelhos até tentaram fazer com que Kipchoge acelerasse, correndo ao seu lado. Não foi possível.
O cientista sul-africano Ross Tucker acompanhou a prova via Twitter e criou um gráfico para analisar o desempenho do queniano (da sua conta @Scienceofsport). Nele, você vê a linha vermelha que indica o ritmo necessário para as duas horas. A verde é o ritmo que o maratonista conseguiu (marcados a cada 5km).
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