Em evento da Adidas, Prass lembra início em campinho que tinha até cobras

No último sábado, a Adidas fez um evento no Largo da Batata, em São Paulo, chamado Tango Squad. Era um campeonato de futebol de rua, com times formados por jovens universitários ou convocados por influenciadores digitais ligados ao futebol. O evento era esportivo, mas envolvia muito mais conceitos de lifestyle e cultura pop do que o futebol que vemos no estádio.

Patrocinado pela marca alemã, o goleiro Fernando Prass foi uma das atrações do evento – aproveitando que o Palmeiras só jogou nesta segunda-feira pelo Campeonato Brasileiro. E aproveitou para lembrar de quando ele mesmo jogava bola na rua. "Quando morava em Viamão, não tinha quadra. Como morava distante da cidade, nós mesmos construímos um campo, que era meio inclinado. Quem jogava na descida sempre tinha vantagem", lembra.

O goleiro lembra de jogar descalço, arrancar a tampa do dedão com um chute errado e até de encontro com invasores no campinho. "No Sul, a gente chama arrancar a tampa do dedão de roseta. Mas não era só isso. Como era no interior, a gente encontrava até cobra às vezes", lembra.

No sábado, os atletas amadores não tinham a mesma dificuldade de Prass. Nada de cobras, mas chuteiras top de linha, versões de rua das chuteiras profissionais. Nos últimos meses, Adidas e sua concorrente Nike, por exemplo, lançaram novas chuteiras para seus craques. A Nemezis17 Agility, de Lionel Messi, por exemplo, custa R$ 1499,99 no site da Adidas. A Mercurial Superfly V, de Neymar, é ainda mais cara, vendida por 16999,90 no site da Nike. São calçados específicos para o futebol, que só podem ser usados em gramados.

Os tênis de futebol de rua não. São produtos pensados para o futebol, mas que podem ser usados no dia a dia. Esses eram as estrelas em quadra. O Tango Squad fazia parte da estratégia de lançamento do Ocean Storm, um pack de cores dos três silos de chuteiras da empresa (a Nemezis de Messi, a X de Gabriel Jesus e a Ace de Pogba).

"A ideia é estimular o futebol de rua. Porque, como brasileiros, todos crescemos jogando futebol na rua. Jogava com latinha, chinelo… Nós pegamos isso demos uma cara mais de marca para o evento. É uma experiência diferente para o nosso consumidor e complementa o lançamento do pack Ocean Storm, de junho", explica Lucas Ribeiro, gerente de comunicação de futebol da Adidas.

Se as chuteiras de cerca de R$ 1500 pensam em desempenho nos gramados, os tênis unem as tecnologias de cabedal dos equipamentos usados pelos jogadores aos materiais de de absorção de impacto mais modernos. Os preços também são mais acessíveis. No site da Adidas, por exemplo, os tênis para futsal mais caros custam R$ 799,99 – uma versão street da Nemeziz sai por R$ 699,99.

Além disso, cada silo de chuteiras conta com três versões. A top, usada pelos profissionais, e mais cara, a intermediária e básica. Com preços de R$ 229 a R$ 1500. Nos tênis de futsal, a Nemezis mais cara custa R$ 699, a intermediária sai por R$ 349 e a básica, R$ 229.

"São níveis de tecnologia diferentes. A chuteira mais top, tem cabedal diferenciado, solado diferenciado, algumas contam com a tecnologia boost no solado. Algumas contam aplicação de elástico no cadarço ou mesmo não contam com cadarços. A intermediária tem uma entressola melhor do que a básica, mas não tão especial quanto a principal, e o cabedal bem próximo da principal. A básica é, basicamente, inspirada no design da principal, mas com materiais mais simples. Ainda assim, é uma ótima chuteira para se usar", explica Lucas.