Loja vende camisa renegada pelo Atlético-PR e reverte lanche para caridade
Comprar a camisa amarela do Atlético-PR produzida pela Umbro (e renegada pelo clube) rende a doação de um McLanche Feliz a uma instituição de caridade para crianças. Essa foi a ideia original da Futebol Paixão, uma loja de materiais esportivos de Curitiba, que vende produtos em uma unidade física e também através da internet.
A loja pensou em aproveitar a polêmica nascida nas redes sociais, que estremeceu a relação entre Atlético-PR e Umbro, a mais antiga união comercial entre clubes de ponta do país e fabricantes de materiais esportivos. A camisa comemorativa acabou vetada pelos paranaenses mesmo após o lançamento oficial, na última semana, em razão da repercussão negativa entre alguns torcedores, especialmente nas redes sociais.
Muitas brincadeiras ligaram o modelo aos lanches da cadeia de "fast food" McDonalds, por causa das cores amarelo e vermelho. Então o lojista pensou em oferecer o famoso combo de refeição para uma instituição beneficente local a ser escolhida – e para motivar as vendas. Cada camisa amarela vendida vira um lanche para a caridade.
"Foi uma forma bem-humorada de lidar com a situação, tem que lidar com bom humor, algo que o clube poderia ter feito, sendo a camisa bonita ou não, o torcedor tem o direito de opção de compra, uma vez que já havia sido lançada", manifestou a loja em resposta a contato do blog.
A Futebol Paixão informa que desde quinta-feira já vendeu unidades da camisa amarela do Atlético-PR (que jamais será usada em campo), tanto na loja física, quanto pela internet. A versão masculina está saindo por R$ 224,90. O controverso modelo também está à venda na rede online da Netshoes.
Entenda a polêmica
Na última sexta-feira (13 de abril) a marca de origem inglesa lançou o projeto "Umbro Nations", que contemplou sete times brasileiros, das séries A e B, como Santos, Cruzeiro e Grêmio. O modelo do Atlético-PR usou as cores da Espanha como inspiração, mas acabou vetado pelo clube, após uma recepção negativa da torcida nas redes sociais.
Em nota no dia seguinte, o Atlético-PR alegou que o desenho não passou pela aprovação do clube e manifestou que não comercializaria a camisa, nem usaria o modelo em partidas do time.
No entanto, a Umbro manifestou que teve o aval dos paranaenses antes de levar adiante o projeto. No evento de lançamento em São Paulo o clube de Curitiba contou com representantes – um deles, inclusive, venceu uma brincadeira de conhecimentos de futebol e foi chamado ao palco pelo anfitrião, o humorista Paulo Bonfá.
"A gente não faz nada sozinho. Teve muita influência dos clubes, muita conversa. A gente está feliz porque todos os representantes dos clubes estavam presentes hoje, todos os clubes aderiram a esse projeto. É bastante satisfatório para a marca", afirmou Eduardo Dal Pogetto, gerente de marketing da Umbro Brasil, em conversa com o blog no evento de lançamento.
A Umbro divulgou posicionamento oficial sobre o episódio na última segunda-feira (16), reforçando a versão de que o projeto contou com o aval do Atlético-PR antes do lançamento.
Atlético-PR e Umbro mantêm desde 1996 a mais longeva relação entre um clube de ponta do país e uma empresa fornecedora de materiais esportivos. A marca, inclusive, desempenhou papel importante no início do ousado projeto do clube para crescer no cenário nacional.
Desde o início o plano se baseava na história de sucesso do Manchester United, incluindo o estádio Old Trafford como inspiração conceitual para a Arena da Baixada. Com sede em Manchester, a marca atuou na década de 90 para que dirigentes paranaenses fossem recebidos pela cúpula do clube inglês.
Por Bruno Freitas e Napoleão de Almeida
Do UOL, em São Paulo
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