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Topper, 1ª marca a vestir Brasil em Copas, renasce graças a bilionário

Na Vitrine

18/03/2018 04h00

A Topper foi a primeira empresa esportiva a exibir sua marca na camisa da seleção brasileira em Copas do Mundo. O ano era 1982 e o logo aparecia apenas nas mangas da camisa amarela que Sócrates e Falcão usaram na fatídica eliminação para a Itália, na segunda fase do Mundial da Espanha.

Desde então, a marca vestiu o Brasil em mais duas Copas e chegou a dominar o mercado brasileiro, antes de ser engolida pela chegada em peso de concorrentes internacionais, como Nike e Adidas. A empresa encolheu no Brasil e quase desapareceu no futebol profissional, até que, no fim de 2015, o grupo do bilionário Carlos Wizard Martins resolveu apostar na força da marca Topper.

Agora, pouco mais de dois anos após o negócio, a antiga gigante volta a ser um player importante no futebol verde-amarelo. Sem muito alarde, a marca já é a segunda maior fornecedora de clubes da Série A do futebol nacional, com cinco clubes: Atlético-MG, Botafogo, Ceará, Paraná e Vitória – apenas um a menos do que a Umbro terá no próximo Brasileirão, já com o Santos (além de Atlético-PR, Bahia, Chapecoense, Cruzeiro e Grêmio).

(Crédito: Ferj)

"Hoje, temos pouco mais de um ano e meio de atuação no mercado e temos dez clubes nas Séries A, B e C do Campeonato Brasileiro. Além dos cinco clubes da Série A, ainda temos clubes renomados, como Remo, Goiás, Náutico e Guarani. Nosso trabalho com os clubes é muito próximo e não só no fornecimento de material esportivo, mas na prestação de serviços", explica Leonardo Chamsin, CEO do grupo BR Sports, que controla Topper, Rainha e Saucony, entre outras.

Essa prestação de serviços tem a ver com a ligação com o grupo de Carlos WIzard: a Sforza Holding também é a gestora de marcas como as lanchonetes Pizza Hut, KFC e Taco Bell, o mercado Mundo Verde e a escola de inglês Wise Up. "Somos uma plataforma de prestação de serviço por fazer parte desse grupo. Todas as marcas trabalham em sinergia e conseguimos oferecer um pacote de benefícios", diz Chamsin.

Carlos Wizard e Ronaldo: a R9 Academy é uma das marcas do grupo (Crédito: Divulgação)

Isso quer dizer que o grupo pode usar sua entrada em clubes de futebol para fortalecer outras marcas localmente. Ou aproveitar o sucesso de suas empresas para ajudar os clubes. Por isso, parcerias como a com o Remo, o Goiás ou o Náutico são tão importantes. "Nós somos uma empresa especialista em gestão de marcas. E trazemos essa expertise nas propostas para os clubes".

Até o fim do ano, a empresa mira fechar com mais três clubes do futebol nacional. "A divisão não é o que mais importa. Nossa filosofia é de criar uma parceria com os clubes que transcende. Se qualquer um dos clubes que patrocinamos na Série A, em dois anos, estiver na Série C, estaremos com ele desenvolvendo a nossa marca e a do clube".

Além dos clubes profissionais, a Topper ainda intensificou seu investimento em bolas e calçados profissionais.

Por Bruno Doro
Do UOL, em São Paulo

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