Apresentador da ESPN encheu mais de 7 armários com camisas de futebol
O telespectador da ESPN Brasil se acostumou a ver Alex Tseng na tela vestindo camisas dos mais diversos times. Integrante do programa Futebol no mundo desde novembro de 2003, o jornalista não apenas virou um destaque dos canais, como também um colecionador de respeito.
Em seu acervo, Tseng conta com cerca de 250 camisas oficiais de times, a maioria de times estrangeiros. Além disso, contabiliza em torno de 70 jaquetas (guardadas em um armário próprio que mandou construir em sua casa) e 50 camisetas, além de diversos cachecóis e canecas.
E com tanta camisa na coleção, Tseng resolveu que havia chegado a hora de fazer a alegria de seus telespectadores. Assim, desde o fim de 2018, tem distribuído algumas nas redes sociais.
"Tenho tanta camisa que eu ocupo uns sete armários na ESPN, fora em casa. Não são armários grandes, são tipo de vestiário. E elas não param de chegar", explicou o apresentador por telefone ao UOL Esporte. Inicialmente, as peças exibidas no programa eram sorteadas na TV, mas a prática teve que ser encerrada por "questões burocráticas" relacionadas ao sorteio de brindes. Então, ele levou a ideia para seu perfil pessoal no Instagram.
"Ficou uma grande marca do Futebol no mundo: a camisa que o Alex vai usar, sortear. O Varal (quadro do programa) parou algum tempo por questões burocráticas. E mesmo assim, eu não paro de receber (camisa) de jogador, de assessor. Às vezes, eu compro. Aí, passou essa ideia na cabeça, e eu criei no Instagram um sorteio mensal", completou.
A distribuição de camisas começou discreta: após a Copa do Mundo de 2018, escolheu 15 peças e sorteou entre os funcionários da própria ESPN. Mas mesmo praticando a arte do desapego, ele reconhece que sente falta de uma ou outra de vez em quando.
"Está doendo até hoje", conta, aos risos. "Todo colecionador tem ciúme das coisas. Mas em nome do grupo, falei: vou fazer", completou.
Ao longo dos anos, a coleção acabou enveredando para um tema: clubes estrangeiros. Não apenas por causa do programa e da dinâmica que isso envolve – a relação com jogadores e assessores, por exemplo. Mas pesou também o relacionamento com o público, que poderia não ver com bons olhos o apresentador usando uma camisa de um time brasileiro fora da TV.
"De time brasileiro, eu quase não tenho, justamente para evitar qualquer tipo de constrangimento de torcer para um ou para outro. O Elano me deu uma camisa da Chapecoense e uma do Inter. É legal. A da Chapecoense eu até arrisquei usar um pouco", justifica ele.
E mesmo enquanto se desfaz de alguns itens de sua coleção, Alex Tseng busca outros. O foco, nesse caso, é buscar os novos modelos lançados pelos clubes.
"As (camisas) antigas, eu não tenho tanto assim, essa coisa saudosista. Mas quando pintam as novas, eu fico desejando. Outro dia, saiu e eu fiquei desesperado com a do Verona, listrada azul e amarela. Aí descobrimos que tinha um brasileiro lá, o Rômulo (meia, ex-Cruzeiro, Chapecoense e Athletico, entre outros clubes). A assessoria entrou em contato com ele nas férias; ele veio aqui e trouxe a camisa. É linda", disse Tseng, que não vê problemas em pedir camisas no ar para os entrevistados. "É sempre uma brincadeira. Mas quase todos os jogadores acabam mandando."
Dois xodós: Real Madrid e Hoffenheim
A distribuição de camisas nas redes sociais veio não apenas como uma tática para se desapegar de alguns itens da coleção. A ideia, segundo o próprio Alex Tseng, "é criar essa interação com o fã de esporte".
"Criou esse movimento. Está começando, mas é um movimento grande", diz o apresentador, que uma vez por mês, no mínimo, faz a alegria de um seguidor nas redes sociais.
"O que eu me propus a fazer é uma (camisa sorteada) por mês. Mas vira e mexe tem uma 'edição extraordinária'. O Everaldo Marques (narrador da ESPN Brasil) me ajuda muito. Ele descolou uma camisa do Tom Brady (quarterback do New England Patriots na NFL) e sugeriu uma edição extraordinária", explicou.
Assim, o torcedor que curte as camisas vestidas por Alex Tseng na TV pode ficar de olho em seus sorteios. Mas ele já admite: tem algumas das quais ele não vai se desfazer.
"Tem duas que são espetaculares. A que eu mais gosto é a do Real Madrid no Mundial de 2000. Eu ganhei em um sorteio no antigo Valle Sports Bar, do Luciano do Valle. Autografada pelo Casillas, pelo Karembeu e pelo Hierro. Essa não dá, não tem a menor possibilidade", conta. "A outra, que pouquíssima gente vai ter, é uma do Hoffenheim, autografada pelo Roberto Firmino. O Futebol no mundo já sabia quem era o Firmino na Alemanha. Quando ele foi para o Liverpool, essa camisa passou a valer ouro."
Emanuel Colombari
Do UOL, em São Paulo
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